terça-feira, 10 de agosto de 2010

Nosso nascimento!


Oi meu amor!!!

A mamãe ta aqui, sentindo você mexer, as vezes passo horas vendo a barriga fazer ondas, já tentei filmar, mas toda a vez que ligo a câmera, você para. Olha que tímida!

A amiga da mamãe dos tempos de faculdade Renata, que está grávida da Sophia, que vai fazer aniversário perto de você, mandou esse texto que sintetiza que não só sua vida vai começar, como a da mamãe vai começar também, um divisor de águas. O papai também vai ser outro Eduardo.

Olha só:

O nascimento da mãe

"Em algum momento depois do nascimento do filho vem aquela sensação de estranheza e de que nada será como antes. Isso pode acontecer ainda na maternidade, em casa, depois da primeira noite insone, no primeiro passeio na rua... Não existe um momento preciso para a mãe nascer.

A sensação, a princípio, não é boa nem ruim, só é diferente. Aos poucos, a mulher vai se dando conta de que nada será como antes, porque ela mesma é uma pessoa completamente nova. É claro que vai continuar cultivando seus defeitos e suas qualidades, características que já tinha antes de a barriga crescer... Mas às qualidades, vão se somar outras. Por isso, não precisa se assustar com a nova fase. É natural levar um tempo até se adaptar a esse novo papel.

A mudança na vida ocorre principalmente porque a maternidade é a primeira experiência irreversível da vida adulta. Você, com certeza, já ouviu dizer que "filho é para sempre". Se por um lado dá um certo medo, por outro, vem o prazer de saber que essa felicidade de ter um filho por perto não vai acabar, vai permanecer por muito tempo.

Durante a gravidez, a mãe já começa a criar uma ligação com o bebê. Mas é sem dúvida depois que ele vem ao mundo que ela também nasce como mãe. É o contato físico e a convivência que fazem surgir o amor materno. Esse amor, que apesar de incondicional, tem suas contradições. Lidar com sentimentos opostos é um dos grandes desafios dessa nova fase.

Uma das primeiras sensações que aparecem com a maternidade é a de onipotência. A mãe, e "só ela, sabe o que é bom para o bebezinho". Mas, ao mesmo tempo, vem a insegurança, a dúvida de estar fazendo a coisa de modo certo... Não é de se estranhar esta confusão... Não existe curso que ensine a ser mãe. As mulheres são todas autodidatas neste assunto. Não podia ser diferente. Apesar da falta de manual, o organismo da mulher, desde a adolescência, se prepara todo mês para a maternidade.

Quando isso realmente acontece, vem a sensação de plenitude. Para muitas, ser mãe é também uma forma de lutar contra a solidão e a angústia da morte. Com um bebê nos braços é impossível sentir-se só.

É importante que essa mãe que nasce junto com o filho, amadureça com ele. A maternidade é uma oportunidade maravilhosa de se transformar, de livrar-se de preconceitos, de olhar o mundo com outros olhos, ternos como os do filho."
* Aléssio Calil Mathias
O autor é ginecologista e obstetra, dirige a Clínica Genesis, em São Paulo, e tem coluna em www.minhavida.com.br

no aguardo amoroso

mamãe e papai

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Carinhos para a Nina